Suporte à decisão clínica

Café da Manhã Anahp apresenta panorama das tecnologias de auxílio ao atendimento de pacientes

Cerca de 50 profissionais dos principais hospitais privados do país se reuniram nesta terça-feira, 16 de junho, na sede da Anahp, em São Paulo, para assistirem a uma apresentação sobre Suporte à decisão clínica.

O evento foi promovido pela Cerner, empresa parceira da Anahp especializada em fornecer sistemas, serviços e dispositivos de tecnologia da informação para cuidados em saúde.

Eneas Jose de Mattos Faleiros, HealthCare Executive na Cerner do Brasil, demonstrou o funcionamento do sistema oferecido pela empresa e seus benefícios na prevenção de riscos.

O caso de um paciente que tem prescrito pelo médico um medicamento que provocará alergia a ele foi usado para exibir os diversos níveis de alerta que a ferramenta é capaz de gerar, indo desde a um aviso sobre uma provável reação direta a um tipo de medicamento, até a uma análise sobre problemas decorrentes da interação medicamentosa.

“Todos os alertas são acompanhados de uma referência científica, que pode ser uma pesquisa, um artigo sobre o tema. São sugestões baseadas em algoritmos, um grande volume de dados que inclui até mesmo o histórico do paciente e que é capaz de auxiliar o médico no momento do atendimento. Análises que provavelmente o médico não teria condições de fazer sozinho com a agilidade que demandam os atendimentos médicos hoje. Mas, como o próprio nome diz, é um sistema de suporte. A complexidade da profissão exige que decisão seja sempre do médico”, afirma Eneas.

Guilherme Schettino, Gerente de Pacientes Graves do Hospital Albert Einstein (SP), traçou um panorama sobre o futuro da tecnologia da informação no suporte à decisão clínica e discorreu sobre sua experiência no uso de sistemas como o oferecido pela Cerner.

Para ele, vivemos um estágio em que a inteligência artificial ainda não é capaz de substituir o médico, mas no qual as tecnologias ganham cada vez mais importância no apoio à profissão. Além disso, a grande quantidade de dados disponíveis, principalmente após o surgimento dos prontuários médicos eletrônicos, não pode ser ignorada, já que traz inúmeros benefícios, como a facilitação de prevenção e cuidados ao paciente e a redução de erros e custos dos serviços hospitalares.

“Hoje, muitos hospitais dos Estados Unidos utilizam a telemedicina. Este é um caminho muito promissor na nossa área. A tecnologia integrará cada vez mais a nossa vida e a sociedade terá que se adaptar, inclusive juridicamente, a isso. Já há discussões sobre a autoria de pesquisas que usam a tecnologia da informação para efetuar análises de dados. A descoberta é do computador ou do cientista? É isso que se questiona. O mesmo deve ocorrer com a responsabilidade do médico no uso de tais sistemas de suporte à decisão clínica ou de exigências padronizadas para o atendimento do paciente à distância”, ressaltou Guilherme.

Fonte: Anahp – 16.06.2015

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