Gestão da CME é desafio para qualidade dos hospitais


Café da Manhã promovido pela B.Braun expõe tendências da Central de Material e Esterilização (CME)

Adoção de novas tecnologias, capacitação profissional, terceirização. Essas foram algumas tendências apontadas por Simone Batista Neto, enfermeira e gerente de produto instrumentais, motores e containers da MB Surgical, para a Central de Material e Esterilização (CME) dos hospitais. A apresentação ocorreu durante Café da Manhã promovido pela B.Braun, no último dia 6 de junho, na Anahp.

A CME é crucial para o funcionamento do centro cirúrgico. E ao longo dos tempos, esse espaço dentro dos hospitais ganhou cada vez mais importância com o aumento na demanda e complexidade de cirurgias, a tecnologia dos instrumentos, a adequação de RDC até as boas práticas do ambiente atreladas a metas de segurança e financeiras.

“O Brasil busca por acreditação para ter qualidade, credibilidade e confiança. Hoje, se o hospital não tem isso, ele não consegue se manter no mercado”, analisou Simone.

Ter um sistema de gestão que englobe o rastreamento e o monitoramento do fluxo dos equipamentos rotineiramente esterilizados nessas áreas é essencial para garantir o processo com qualidade, ainda que não seja realidade para todos os hospitais. “É tendência ter um sistema de gestão de dados dentro da CME.  Mas é a minoria [dos hospitais] que tem, pois a maioria ainda faz no papel”, disse a enfermeira.

Outra questão que tem sido discutida nas instituições, segundo Simone, é prestação de serviço da CME por uma empresa terceira, o que seria uma opção para aqueles hospitais que não cumprem a RDC 15 – que trata das boas práticas na área. Mas ao mesmo tempo, ela expõe alguns pontos negativos dessa terceirização como a complexidade da operação o alto custo para o hospital, além dos riscos do processo uma vez que entidade é corresponsável pela prática.

O dimensionamento do quadro de funcionários e o investimento constante em capacitação e liderança também foram destacados por Simone como desafios para a instituição.  “O gestor de CME precisa envolver os profissionais em tudo”, disse sobre a  compartilhada.

Por último, ela lembrou que hoje a inovação não é mais uma questão de escolha e sim de sobrevivência para as instituições hospitalares, o que muitas vezes se contrapõe ao tradicionalismo do setor.  “O grande desafio é vencer o conservadorismo das instituições, pois algumas ainda não valorizam o CME, não sabe o quanto ela é importante para o hospital”. 

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