Epidemia por Zika Vírus: o que o profissional de saúde deve saber

18eb4f73-716f-40b4-b7eb-73977185348f bfb74O Café da Manhã Anahp desta terça-feira (12/04) abordou o tema “Epidemia por Zika Vírus: o que o profissional de Saúde deve saber”. Organizado pela Anahp e Samsung, o evento contou com palestra do Dr. Paulo Cossi, ginecologista e obstetra, mestre em Ciências da Saúde pela UNIFESP e responsável pelo setor de Ultrassonografia do Ambulatório de Algia Pélvica da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP).

Cossi mostrou dados históricos sobre a origem da epidemia, apresentou cases de diagnósticos por imagem e laboral em infecção pelo ZIKA Vírus na Gestação, bem como o manejo clínico nestas circunstâncias, exibiu as principais recomendações de cuidados e prevenção, além de estudos e literatura. Outro ponto abordado foi o uso de repelentes como modo de contenção da crise.

“A epidemia atual do Zika Vírus segue a tendência de 500 anos atrás, um movimento da África para as Américas. Assim como ocorreu com o mosquito da febre amarela, agora é o Aedes aegypti”, explica.

No início de 2015, por ter sintomas semelhantes aos da dengue, o Zika se apresentava como um mistério aos cientistas e infectologistas. Quando os primeiros casos foram identificados, o Ministério da Saúde tratou como uma infecção benigna, com sintomas brandos: manchas na pele, coceira e febre baixa.

O ‘jogo’ mudou quando descobriu-se que o Zika estaria associado a um surto de microcefalia em recém-nascidos. Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, vetor também da dengue, da febre amarela e da chicungunya, o vírus da zika circula em 28 países de diferentes partes do mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a decretar recentemente situação de emergência internacional.

A forma como a epidemia de Zika vem sendo conduzida pelo governo foi criticada pelo especialista. Um dos problemas, segundo ele, é a grande burocracia do país para estabelecer iniciativas de ordem prática que poderiam contingenciar o problema.

“A maioria dos repelentes têm duração e efetividade bastante limitadas. A Citronela, por exemplo, tão difundida no país, não é muito efetiva contra o mosquito do Aedes aegypti. A Anvisa deveria ser mais ágil na aprovação de produtos mais eficazes, caso da Permitrina, que é usada há anos pelo exército americano, mas ainda não está autorizado no Brasil. Infelizmente, aqui as coisas não andam no ritmo necessário”, aponta.

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