Eficiência clínica é debatida em café da manhã

De que forma é possível se valer das tecnologias da informação para aumentar a eficiência clínica em um hospital? Essa é a pergunta que nomeou o Café da Manhã Anahp de terça-feira (17), realizado na sede da Associação em parceria com a Wolters Kluwer. “Muitas vezes é possível fazer mais por menos”, resumiu Daniel Christiano, gerente comercial da Wolters Kluwer no Brasil.

O cenário não é dos mais positivos no setor da saúde. Os custos são crescentes, e devem chegar entre 20% e 25% do PIB em 2030 no Brasil, com a população idosa triplicando no mesmo período e a parcela de investimento governamental em franca decadência. Na assistência propriamente dita, a ineficiência clínica tem números alarmantes: 434 mil brasileiros morrem por conta de eventos adversos, enquanto 3,7% dos que recebem alta voltam a ser internados. Ineficiências que custam entre R$ 5,2 bilhões e R$ 15,6 bilhões da saúde privada ao ano.

Considerando que gastar mais nem sempre é garantia de mais qualidade, reduzir desperdícios pode ser um bom caminho, segundo a WK. Melhores práticas assistenciais, mais coordenação e integração do cuidado, redução do número de receitas e procedimentos necessários, entre outras medidas, são necessidades imperativas.

Segundo a WK, isso passa primeiro por reduzir o número de questões clínicas não respondidas pelos médicos. Aproximadamente 2 a cada 3 atendimentos geram uma questão, ou cerca de 11 dúvidas clínicas por médico ao dia, sendo que 60% ficam sem respostas. Soluções tecnológicas como a UpToDate buscam exatamente compilar estudos clínicos recentes e revisados, e depois submetidos a consensos da comunidade científica, em um sistema que responda essas perguntas sem resposta. Medi-Span (que controla o fluxo de medicamentos receitados) e Lexicomp (para o controle da farmácia) também atuam em busca de mais eficiência.

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