Desospitalização – a Instituição de Longa Permanência Para Idosos (ILPI) como uma alternativa viável para hospitais, famílias e operadoras

02-12-Cafe Cora-1 bx 4cbc6O Café da Manhã Anahp da última quinta-feira, 3 de dezembro, abordou o tema “Desospitalização—a Instituição de Longa Permanência Para Idosos (ILPI) como uma alternativa viável para hospitais, famílias e operadoras”. Organizado pela Anahp e pela Brasil Senior Living – BSL, startup da área da saúde responsável pela administração da primeira rede de residenciais para idosos da América Latina e uma empresa investida do grupo Pátria Investimentos, o evento reuniu 114 pessoas e contou com palestra de Ricardo Soares, CEO e co-fundador do BSL.

Na ocasião, Ricardo falou sobre o envelhecimento da população no Brasil e sobre o aumento da incidência de doenças crônicas e consequente aumento do tempo de permanência das internações.

Outro ponto destacado foi a baixa disponibilidade de locais para acolher idosos e pacientes crônicos no Brasil. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no país existem 100 mil leitos em pouco mais de 3500 residências do tipo. Já nos Estados Unidos, segundo o National Investment Committee for Senior Housing (NIC), são 3 milhões de leitos.
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Para ele, as ILPIs são uma alternativa viável à desospitalização, fenômeno que afeta diretamente a rentabilidade e a eficiência dos hospitais, já que em grande parte dos casos os pacientes crônicos ocupam leitos de hospitais de alta complexidade.

Ricardo apontou caminhos para a desospitalização, mas destacou que há desafios para atingir esse objetivo. “É compreensível que as famílias se sintam inseguras a acolher um paciente crônico, mesmo que ele seja um ente querido, já que muitas das intervenções geram dúvidas a quem não é da área. Com isso, há uma resistência natural das famílias a tirar o paciente do hospital e como reflexo, nos tornamos um país de liminares, a famosa judicialização da Saúde”, avalia.

E completou. “Temos que diminuir o preconceito das famílias e ganhar a sua confiança, tornar os hospitais mais próximos para a formação de parcerias, ganhar a confiança dos médicos e fazê-los conhecerem as ILPIs. Além disso, aumentar cobertura geográfica das ILPIs e sua disponibilidade”, afirmou.

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