Crise hídrica: Hospitais criam alternativas para a falta de água

Poços artesianos, reaproveitamento, programas de conscientização, entre outras medidas que contribuem para o uso racional de água são adotadas pelas instituições de saúde

Captura de Tela 2015-04-07 as 11.12.39 f86a2Em 2014, algumas regiões brasileiras começaram a sofrer com a falta de água. Entre elas, a cidade de São Paulo apresenta o pior cenário dos últimos tempos. Vários fatores contribuíram para esse panorama, como a escassez de chuvas, falta de planejamento, desperdício, urbanização, entre outros.

Em julho, o volume útil da Cantareira, que atende 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, esgotou. Com o esvaziamento do reservatório e as previsões de falta de chuva, São Paulo se afogou na maior crise hídrica dos últimos 80 anos.

Para diminuir o problema, a companhia que administra os recursos hídricos da metrópole decidiu usar o volume morto, uma reserva de 400 bilhões de litros que fica abaixo das comportas que retiram água do Sistema Cantareira. Foram feitas obras para bombear mais de 180 bilhões de litros dessa reserva. O volume morto nunca tinha sido usado antes.

O cenário descrito dá indícios da gravidade da situação, que torna-se ainda mais alarmante em segmentos como a rede assistencial de saúde, na qual a água representa condição básica para o atendimento de pacientes e para a higienização das instalações.

Prevendo um futuro incerto quanto ao abastecimento de recursos hídricos, hospitais de todo o Brasil vêm criando alternativas para garantir que nada interrompa suas atividades. São em sua maioria medidas preventivas e para o uso racional da água; soluções importantes e que não demandam grandes investimentos, mas que geram benefícios incalculáveis aos hospitais.

Foi este tipo de planejamento que garantiu recentemente ao Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos a não paralisação de suas atividades. Localizado na capital paulista, o hospital teve seu fornecimento interrompido em razão de uma obra da Sabesp, companhia responsável pelo serviço no Estado de São Paulo, para a redução de vazão nas tubulações.

“O impacto só foi minimizado porque o hospital tem um plano de contingência que contempla reservatórios que armazenam água por um curto período de tempo, poço artesiano próprio e acordo com a Sabesp para o uso de caminhões-pipa”, relembra Alexandre Abdo Agamme, Gerente de Instalações Hospitalares do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (SP).

Veja como outros hospitais estão lidando com a crise hídrica na reportagem completa, publicada na Revista Panorama, edição de Março/Abril: https://anahp.com.br/produtos-anahp/panorama/panorama-mar-abr-2015

Compartilhe

Você também pode gostar: