Crise hídrica: desafios da enfermagem e o impacto dos serviços de assistência à saúde

16-07-Cafe Cremer-41 b787d“Nosso comportamento é muito voltado para o presente. Trabalhamos pelo futuro, mas prezamos ainda mais pelo presente”, foi alertando para essa característica humana que Márcia Magalhães, Marketing Clínico da Indústria Cremer, chamou atenção para a forma como temos nos relacionado com os recursos hídricos no ambiente hospitalar.

O apontamento fez parte da palestra que Márcia concedeu aos cerca de 55 profissionais da saúde que estiveram presentes no Café da Manhã Anahp desta quinta-feira, 16 de julho, em ação promovida pela Cremer.

Durante o evento, que teve como tema “Crise hídrica: desafios da enfermagem e o impacto dos serviços de assistência a saúde”, Márcia apresentou um panorama sobre o desabastecimento de água em São Paulo. Explicou, por exemplo, que até 2009 o estado vivia situação confortável, chegando o Sistema Cantareira a atingir quase 100% de sua capacidade, mas que a partir de 2013 o cenário se inverteu, e hoje vivemos uma crise, até mesmo com interrupção do abastecimento.

Para ela, essa nova realidade impõe desafios aos gestores hospitalares, que extrapolam a execução de planos de contingência. “Qualquer um pode criar e aplicar esse tipo de medida. Nosso objetivo vai além, é o de mudar um comportamento populacional. O prestador de saúde tem que ampliar sua atuação a outros setores, deve olhar o paciente, seus familiares e o visitante do hospital como pessoas que, se conscientizadas das boas práticas, podem levar nosso trabalho também para fora dos hospitais”, disse.

Márcia defende que os hospitais repensem seus processos, sugere a substituição de alguns materiais por descartáveis como forma de economizar água, e pede que todos comecem a construir, desde já, condições para lidar com a crise hídrica atual e no futuro. 16-07-Cafe Cremer-49 c6114

“Estima-se que um hospital com 200 leitos consuma em média 4000 m³ de água por mês e que 25% desse volume está relacionado às áreas da lavanderia e CME. Incluir o uso de materiais descartáveis como compressas, extensões e frascos provoca uma grande redução do consumo e aumenta a segurança ao paciente”, explica.

Confira outras recomendações transmitidas por Márcia Magalhães, Marketing Clínico da Indústria Cremer:

– instale arejadores e redutores de vazão nas torneiras

– modernize as autoclaves

– capte água da chuva para a higiene de áreas comuns e calçadas

– reutilize a água usada na lavagem de hortaliças para a lavagem do chão

– crie campanhas de conscientização

– adote novos protocolos para o reprocesso de materiais

– crie indicadores que ajudem a monitorar os efeitos das mudanças e os ganhos para o hospital.

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