Coberturas especiais para o tratamento de feridas complexas

IMG 3736 ff29aO Café da Manhã Anahp desta quinta-feira (30) abordou o tema “Coberturas especiais para o tratamento de feridas complexas“. Organizado pela Anahp e Medtronic & Covidien, o evento contou com palestra de Pablo Vinicius Santa da Silva, Presidente do Capítulo de Enfermagem da Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica e pós-graduado em Enfermagem Dermatológica.

Pablo abordou as diferenças entre as coberturas convencionais e especiais, o uso de terapias coadjuvantes, o controle microbacteriano no leito da lesão,além dos desafios no manejo de lesões complexas.

“O tratamento de lesões complexas deve ser pautado em avaliação interdisciplinar, controle de fatores sistêmicos e locais. Deve-se realizar uma avaliação minuciosa para a escolha da terapia adequada, uma vez que uma conduta inadequada pode implicar em alto risco de agravo da lesão, perda de funcionalidade, entre outros problemas”, afirmou.

Pablo defendeu a utilização de terapia tópica de alta tecnologia, apresentando os benefícios desse tipo de tratamento para os hospitais e paciente em relação a outras soluções de valor financeiro menor.
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“A terapia tópica de alta tecnologia possui maior custo inicial, mas oferece melhor controle do exsudato, redução do número de trocas, redução da dor, cicatrização precoce, entre outros. Há diminuição do risco de reinternação do paciente, além de melhor aproveitamento do tempo da equipe de enfermagem. No longo prazo esse custo inicial maior torna-se menor, devido ao seu custo-benefício”, apontou.

Entre as tecnologias indicadas por ele estão os hidropolímeros, o tratamento hiperbárico e o PHMB. “Os hidropolímeros são hoje aquilo que temos de mais avançado para uso em terapia tópica. Possuem muito menos aderência do que fibras de alginato, por exemplo, o que traz como vantagens uma remoção menos dolorida e boa retenção. Outro ponto é o tratamento hiperbárico, que na maioria dos casos reduz o tempo de tratamento de forma significativa”, diz.

IMG 3771 ec0c7Em relação ao PHMB, Pablo comentou que a indústria já utilizava a substância química em produtos como antissépticos bucais e em degermantes de superfície, mas que mais recentemente passou a oferecer o produto também para o tratamento de feridas.

Ele também alertou que “a utilização de terapia tópica de alta tecnologia não exclui a necessidade de conjugação terapêutica”. E chamou atenção para o papel do enfermeiro na condução dos tratamentos. “Muitas vezes uma simples conversa com o paciente é o suficiente para entender porquê um tratamento não está dando certo. Não adianta, por exemplo, criar uma terapia tópica excelente se o paciente revela que não tem o que comer em casa . Por isso, é importante estar aberto a ouvi-lo”, enfatizou.

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