Atualização no tratamento injetável do diabetes: Recomendações e orientações de alta hospitalar

Brasil é o 4º país do mundo com maior número de pessoas com diabetes
 
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De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência média de diabetes no mundo está em 10% da população, embora em muitas regiões esse valor chegue a 33%. Sem tratamento o diabetes é causa de doença cardiovascular, cegueira e insuficiência renal.

As doenças crônicas causam quase dois terços de todas as mortes no mundo. No Brasil, estudo recente realizado pelo Ministério da Saúde mostrou que a proporção de pessoas acima do peso avançou de 42,7% em 2006, para 48,5% em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.

Estudos regionais de prevalência de diabetes tipo 2 e atualizando os dados para o CENSO IBGE 2010, a Sociedade Brasileira de Diabetes considera que mais de 12 milhões é o número estimado de diabéticos no país.

Frente a esse cenário, “Atualização no tratamento injetável do diabetes: Recomendações e orientações de alta hospitalar” foi o tema do Café da Manhã desta terça-feira, 26 de maio de 2015. O evento reuniu cerca de 40 pessoas e contou com a participação da Farmacêutica e Consultora Educacional da BD Diabetes Care, Aline Carrilho Benites.

A palestrante abordou o rápido crescimento de pessoas com diabetes no mundo, os principais desafios no controle da doença e os últimos recursos disponíveis em dispositivos de segurança para o tratamento de diabetes no setor hospitalar.

“Associado à hereditariedade, o estilo de vida das pessoas é fator fundamental no controle da diabetes. Em muitas regiões do mundo a prevalência de obesidade dobrou nos últimos 20 anos. Hoje, 12% da população mundial são consideradas obesas”, explica Aline.IMG 8943 49de5
 
A palestrante ainda apresentou os diferentes tipos de insulina e perfis de ação de cada uma delas, e ressaltou a importância dos dispositivos de segurança, especialmente considerando os riscos de acidentes com perfuro cortantes nos hospitais. “Existem legislações de segurança, por isso é recomendada a utilização de seringas com dispositivos de segurança. O custo é mais elevado, mas o valor agregado do dispositivo implementado no hospital é maior do que o custo do produto, uma vez que ele proporciona mais segurança para o profissional, evitando acidentes, afastamentos e multas para a instituição”, comenta.

Aline apresentou os diferentes tipos de seringa, agulhas e dispositivos de segurança utilizados no tratamento de diabetes e as recomendações para armazenamento da insulina.

Para finalizar, a palestrante ainda ressaltou que não existe uma dieta para a alta hospitalar de pacientes com diabetes, mas é importante que ele seja orientado. “A monitorização glicêmica faz parte do tratamento e deve ocorrer tanto para pacientes que utilizam a insulina como para os que utilizam medicamento oral. A educação em diabetes é fator chave para que o controle glicêmico seja alcançado. Todos os dispositivos e recursos disponíveis de nada adiantam se não existir o cuidado e controle do paciente”, finaliza Aline.

Sobre o diabetes

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar nas células, para ser utilizado como fonte de energia.

Fonte: Anahp – 26.05.2015

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